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BNCC na prática: a área de ciências da natureza + dicas de atividades

Crianças fazendo experimentos cientificos bncc na pratica

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Segundo a BNCC, a Área de Ciências da Natureza tem como objetivo desenvolver nos estudantes o letramento científico para “compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também […] transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências.” Como pôr a BNCC em prática, considerando este objetivo?

Para falar sobre ciências, ninguém melhor que Albert Einstein, famoso físico e matemático alemão, não é mesmo? Certa vez, ele disse: “O importante é não parar de questionar.”

Sem dúvidas esse é o papel da ciência, questionar para melhorar o mundo natural, social e tecnológico. Continue lendo para saber mais sobre a área de Ciências da Natureza e conheça dicas de atividades práticas alinhadas à BNCC.

Componentes curriculares da Área de Ciências da Natureza

Diferente de outras áreas do conhecimento, a Área de Ciências da Natureza tem apenas um componente curricular: Ciências

Ele é trabalhado no Ensino Fundamental e no Ensino Médio. Neste último, chamamos de Área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.

Confira as competências específicas para cada etapa da Educação Básica, conforme a BNCC:

Competências Específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental

1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.

2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 

3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 

5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 

6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 

7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 

8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Competências Específicas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias para o Ensino Médio

1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global. 

2. Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis. 

3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

BNCC na prática: propostas de atividades com o uso das metodologias ativas de aprendizagem

Com certeza é possível trabalhar com as metodologias ativas de aprendizagem em todas as áreas de conhecimento.

Felizmente, a área de Ciências da Natureza traz ainda mais possibilidades, já que tem um caráter bastante investigativo. Vamos conhecer algumas metodologias que podem ser aplicadas em Ciências?

STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics)

Ao unir ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, estamos falando da metodologia STEAM. Ela é trabalhada de forma transdisciplinar, visando resolver problemas ou fazer projetos que gerem impactos significativos à sociedade.

Com a STEAM, os estudantes percorrem cinco etapas durante a jornada de aprendizagem:

  1. Investigar: aqui o estudante precisa buscar conhecimento sobre o problema ou projeto. Dessa forma, ele se torna protagonista e ativo no processo de ensino-aprendizagem, pois não recebe as informações e dados já prontos.
  2. Descobrir: conforme vai adquirindo conhecimento, automaticamente descobre maneiras de solucionar o problema ou elaborar o projeto,desenvolvendo a curiosidade. 
  3. Conectar: como a metodologia STEAM une cinco áreas de conhecimento, o estudante precisa conectar todas elas para trabalhar de forma transdisciplinar, usando o conhecimento de cada conteúdo de forma integrada.
  4. Criar: é a hora de criar hipóteses para a solução do problema ou construção do projeto. É possível experimentar diversas possibilidades para entender a que melhor resolve a proposta.
  5. Refletir: após as cinco etapas concluídas, é preciso refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem. Essa etapa estimula o pensamento crítico para encontrar a melhor solução, considerando o percurso de todas as etapas anteriores.

Parece difícil? Já que a proposta deste artigo é mostrar como aplicar a BNCC na prática, vamos ver o que diz o documento? A BNCC prevê que “o ensino de Ciências deve promover situações nas quais os alunos possam”:

STEAM-BNCC-ciencias-da-natureza
Imagem disponível na página p. 323 da BNCC.

Agora ficou mais fácil compreender a metodologia STEAM, certo? A área de Ciências da Natureza atua fortemente nesse sentido. 

Por isso, ressaltamos a importância de propor atividades nesse formato. Em consequência, os professores atuam como mediadores do conhecimento, apoiando os estudantes e estimulando a autonomia e o protagonismo, essenciais para a vida adulta. Vamos conferir alguns exemplos de atividades com o uso da STEAM?

Tendo como base a competência específica número 2 do Ensino Fundamental, que busca:

Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

A primeira atividade que propomos é:

1. Construção de projeto visando o abastecimento de água em regiões de seca: o professor pode expor este problema aos estudantes, uma condição real em que vivem muitas pessoas, como no Nordeste brasileiro, por exemplo. Dessa forma, os estudantes podem desenvolver um projeto para armazenamento de água nestas regiões, pesquisando e avaliando as melhores práticas, conforme propõe a metodologia STEAM.

Professora e alunos em sala de aula maker bncc ciencias da natureza

Na segunda proposta para exercitar a BNCC na prática, vamos usar a competência específica número 1 do Ensino Médio, que procura:

Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produtivos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local, regional e global.

A partir disso, sugerimos a atividade abaixo:

2. Resolução de problema para preservar a biodiversidade: o professor pode expor um problema como o descarte incorreto de lixo nos rios, por exemplo. A partir disso, a turma segue as etapas da metodologia STEAM. E para tornar essa experiência ainda mais significativa, a etapa de investigação pode acontecer dentro do próprio município em que a escola está. É possível levar os estudantes para uma experiência de campo em algum local que tenha um rio ou riacho e depois organizar uma visita ao centro de tratamento de água e esgoto da região.

alunos-fazendo-atividade-de-sustentabilidade-bncc-ciencias-da-natureza

Educação maker

Assim como a STEAM, a educação maker também coloca o estudante no centro do processo de ensino-aprendizagem. Essa metodologia tem como objetivo fazer o estudante colocar a mão na massa, para que ele aprenda fazendo, conectando teoria e prática.

Geralmente os estudantes trabalham em duplas ou grupos, desenvolvendo habilidades importantes, como cooperação, empatia, curiosidade, resiliência, pensamento crítico e outras.

Veja exemplos de atividades com o uso da educação maker:

Pensando na competência específica número 3 do Ensino Médio, que procura:

Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e comunicar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).

Sugerimos a seguinte atividade:

1. Construção do sistema solar: os estudantes podem construir o sistema solar, elaborando o Sol e os planetas com bolas de isopor ou com material reciclado. A turma pode pintar esses materiais, reproduzindo as cores do sistema solar. Depois disso, é preciso fazer a estrutura do sistema, ou seja, colocar cada planeta na ordem com relação ao Sol. Durante essa construção, diversos conceitos são estudados de forma divertida, como a composição dos planetas, a diferença de tamanho entre cada um deles, a distância entre eles e o Sol e qual o impacto disso para cada planeta, entre outros pontos.

Crianças estudando o sistema solar bncc ciencias da natureza

Já no Ensino Fundamental, aplicaremos a competência número 3, que diz o seguinte:

Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.

Assim, propomos a atividade abaixo:

2. Produção das fases da Lua: na mesma proposta anterior, os estudantes podem construir as diferentes fases da Lua, compreendendo o ciclo lunar, desde o período em que ele acontece até as formas como se apresenta. Além disso, a escola pode incentivar os alunos a participarem de olimpíadas científicas, que também trabalham com a proposta de educação maker. Uma delas, bastante conhecida, é a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), por exemplo.

Menino vestido de astronauta

Viu só quantas atividades legais é possível fazer com os estudantes? Ressaltamos que para potencializar ainda mais o processo de ensino-aprendizagem, tanto a metodologia de educação maker quanto a de STEAM podem ser trabalhadas de forma integrada. Ou seja, além de os estudantes aprenderem fazendo, que é uma das premissas do maker, eles também acabam percorrendo as etapas da STEAM.

Agora é com você! Chegou o momento de colocar a BNCC em prática

Sem dúvidas, as metodologias ativas de aprendizagem são muito importantes para atender as necessidades dos estudantes de hoje, mantendo-os ativos no processo de ensino-aprendizagem.

Pensando em apoiar as escolas nas práticas pedagógicas, a Plataforma A+ oferece soluções digitais que potencializam o aprendizado dos estudantes. Uma delas é o A+ Maker que conta com materiais didáticos pedagógicos com propostas de atividades maker, desde o passo a passo até a lista de materiais necessários.

A Olimpíada+ é mais uma solução digital que pode ser usada para colocar a BNCC em prática, como também para incentivar a cultura olímpica nas escolas e proporcionar aos estudantes uma experiência de aprendizado significativa. Com professores medalhistas e aulas preparatórias, os alunos têm total suporte nos estudos para as olimpíadas científicas.

Para finalizar, é importante dizer que as soluções digitais contribuem para um ensino diferenciado. E por falar nisso, você sabia que não apostar em tecnologia e inovação é um dos cinco erros de gestão escolar? Elaboramos um ebook gratuito com os 5 principais erros de gestão escolar que podem afetar o desempenho da sua instituição. Baixe o material e saiba mais!

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