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Como a escola pode auxiliar os estudantes na escolha dos itinerários formativos

Estudantes conversando sobre os itinerários formativos

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A escolha dos itinerários formativos pode gerar um frio na barriga de alguns estudantes. Afinal, antes da mudança para o Novo Ensino Médio, eles não tinham a opção de escolher os conteúdos que gostariam de estudar. 

Agora, o novo modelo de ensino altera essa dinâmica e, já nessa etapa de decisão, exige autonomia e protagonismo do estudante.

Para apoiar esse momento tão importante, continue lendo e saiba quais ações a sua escola pode fazer para amparar os estudantes nesta decisão.

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Esclareça as dúvidas sobre os itinerários formativos

Se o Novo Ensino Médio ainda gera muitas dúvidas para as escolas, imagine para os estudantes.

Para auxiliar no entendimento das novas diretrizes, é preciso explicar como funciona o Novo Ensino Médio e as suas particularidades, tais como a nova carga horária, o projeto de vida e, claro, os itinerários formativos.

Entre as várias perguntas que a escola pode responder, estão:

  • Quais itinerários formativos a escola oferece?
  • Dentro desses itinerários, como são as grades curriculares?
  • Quais as possibilidades profissionais para cada itinerário formativo/área de conhecimento?
  • A escola oferece disciplinas eletivas? Se sim, os estudantes sabem o que elas são e quais estão disponíveis para escolha?
  • Depois de escolhido, é possível mudar de itinerário? Como funciona?
  • Qual o papel do estudante na formação integral do Novo Ensino Médio? E o papel da escola?

É claro que, ao longo do tempo, os estudantes podem ter outras dúvidas que a escola poderá acrescentar a lista de perguntas e respostas.

Contudo, não basta só esclarecer essas questões quando os estudantes procurarem as respostas. É importante promover ações para divulgação dessas informações. Palestras, workshops e rodas de conversa são boas opções que ajudam ao longo desse processo.

Para formalizar a divulgação e otimizar o tempo da escola, é possível preparar materiais informativos, como folders, guias ou um documento de perguntas e respostas (FAQ – Frequently Asked Questions) para sanar as dúvidas mais comuns. 

Esses materiais podem ser dispostos nos murais da escola ou enviados pelos meios de comunicação que a instituição utiliza, como aplicativos, agendas, e-mail, site, portal de notícias ou avisos nas plataformas de ensino-aprendizagem (LMS – Learning Management System). Até mesmo as redes sociais podem apoiar no esclarecimento de dúvidas.

Vale lembrar que o Novo Ensino Médio busca desenvolver a autonomia e o protagonismo do estudante. E, por esse motivo, é interessante que eles próprios sejam estimulados a terem iniciativa para ir atrás das informações. Vale pedir apoio aos grêmios estudantis para divulgação deste processo ou ter estudantes embaixadores.

Ouça e converse com os estudantes

Após divulgar e esclarecer as dúvidas, os estudantes já estarão mais familiarizados com os itinerários formativos. Com isso, novas questões podem surgir, desde dúvidas coletivas até aquelas mais particulares.

Nessa fase, é essencial ouvir as perguntas, inseguranças e queixas dos estudantes. Ao mesmo tempo, é muito importante fazer perguntas que estimulem o autoconhecimento e a descoberta de habilidades e competências que podem apoiar na escolha dos itinerários formativos.

Dessa forma, listamos algumas sugestões que podem apoiar esse processo de escuta ativa:

  1. Prática redacional: essa é uma forma do estudante se expressar e se comunicar em relação às diferentes áreas do conhecimento. Além disso, para que possa fazer uma redação com qualidade, precisará buscar informações, pesquisando sobre os assuntos, o que pode despertar interesses diversos.
  2. Avaliações de perfis: esse formato tem questões pré-determinadas que identificam pontos fortes e pontos de melhoria com relação ao perfil comportamental dos estudantes, sendo uma forma de eles se conhecerem melhor. Um exemplo de teste de perfil é o DISC, criado pelo psicólogo William Moulton Marston. A sigla corresponde a quatro perfis comportamentais: Dominância, Influência, Estabilidade e Conformidade.

Coloque-se sempre à disposição para apoiar os estudantes e famílias. Se necessário, organize um cronograma de atendimento ou abra um espaço online, como um fórum, promovendo esta interação e mostrando abertura à comunidade escolar.

Qualifique os profissionais da escola

Sem dúvidas, os profissionais que estão mais presentes no dia a dia dos estudantes são os professores e os coordenadores pedagógicos. E é exatamente por isso que eles devem ser capacitados para apoiar a escolha dos itinerários formativos.

Além disso, a escola pode oferecer apoio pedagógico e psicológico para os estudantes. Ou seja, algo que vá além da sala de aula e se torne um apoio especializado.

Dessa forma, todos esses profissionais, incluindo os professores, podem ajudar os estudantes no reconhecimento dos próprios objetivos, interesses e aptidões.

Também podem reforçar que, a escolha dos itinerários formativos e a construção do projeto de vida não são escolhas definitivas que guiarão os estudantes para toda a vida.

Na realidade, é necessário ressaltar que este é um momento de autoconhecimento e descoberta, não devendo ser encarado com culpa ou medo.

Afinal, a vida adulta não é estável. Pelo contrário, é cheia de desafios! Nesse sentido, os estudantes precisam ser preparados para enfrentá-los desde já.

Pensando nisso, é possível convidar ex-alunos da própria escola, que já atuam em diferentes áreas do mercado de trabalho, para serem mentores dos atuais estudantes. Certamente, a troca de experiências nesse caso é enriquecedora e inspiradora.

Para finalizar, uma equipe especializada, como citamos antes, também pode apoiar na identificação de habilidades e competências dos estudantes, atuando como mentores e tutores deles. Mas como fazer isso?

É possível organizar algumas perguntas que potencializem a prática do autoconhecimento, como:

  • O que o estudante gosta e o que não gosta?
  • Por que não gosta de determinada aula? É por causa do professor, da metodologia ou é o conteúdo mesmo que não agrada?
  • No que o estudante não tem tanta habilidade?
  • E quais as habilidades que já estão fortes?
  • Quais talentos o aluno possui?
  • O que as pessoas falam sobre as habilidades do estudante? No que reconhecem que ele é bom?

Você percebeu como estas perguntas são simples? Nem sempre as questões devem ser complexas. Devem apenas gerar uma reflexão e uma descoberta de si mesmos.

Para além dos conteúdos vistos no itinerário formativo, há outra prática que pode ser adotada pelos docentes.

Estamos falando sobre aproximar os conteúdos do dia a dia escolar da realidade dos estudantes, por exemplo. Os educadores devem buscar relacionar os conteúdos da formação geral básica às situações da vida real.

Isso fará com que os estudantes se conectem um pouco mais com os itinerários formativos, afinal, nada melhor do que aprender a partir de exemplos práticos.

Envolva as famílias

Por fim, não podemos esquecer do papel das famílias. Elas também precisam entender o funcionamento do Novo Ensino Médio para que possam dar todo o amparo necessário aos estudantes.

Por isso, a divulgação que citamos no primeiro tópico deste artigo se estende aos responsáveis. Afinal, de nada adianta a escola agir de uma forma e a família agir de outra. É preciso ter um alinhamento de expectativas e práticas, até para não confundir o estudante.

Da mesma forma, as famílias devem apoiar os estudantes no autoconhecimento e no descobrimento de habilidades e competências que eles possuem.

Também é essencial que as famílias estejam alinhadas sobre a importância de não pressionar os jovens, pois o Novo Ensino Médio propõe, justamente, que o estudante seja autor da sua própria história, mesmo que ela não seja a trajetória desejada pela família.

Agora que você já sabe como as escolas podem ajudar os estudantes na escolha dos itinerários formativos, que tal entender por que ensinar educação financeira nas escolas? Ela pode ser uma das disciplinas eletivas oferecidas pelos seus itinerários formativos. Saiba mais!

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