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BNCC na prática: a área de linguagens + dicas de atividades

crianças na escola BNCC na prática

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Ao ouvir sobre a Área de Conhecimento de Linguagens, o que vem a sua mente? Língua Portuguesa e Língua Inglesa? Caso sim, saiba que você não está errado, mas há outros componentes curriculares que fazem parte dessa área de conhecimento. Para entender mais sobre ela, neste conteúdo vamos falar da BNCC na prática, trazendo algumas propostas e dicas de atividades pedagógicas!

BNCC na prática: a Área de Linguagens

Uma boa maneira de compreender a área de linguagens é refletindo sobre como nos comunicamos com outras pessoas. 

Não usamos apenas a língua portuguesa ou outro idioma, certo? Na verdade, nos comunicamos também com o nosso corpo, desde um olhar até um gesto. 

Em conjunto, esses fatores passam a mensagem que queremos. Não é à toa que “um olhar diz mais que mil palavras”, não é mesmo?

Brincadeiras à parte, é por isso que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) aborda a área de linguagens nos aspectos verbal e não verbal e, nesse sentido, não podemos considerar somente as línguas. 

Dessa forma, a área de linguagens é dividida em componentes curriculares, cada qual com suas especificidades.

Componentes curriculares da Área de Linguagens

Como falamos anteriormente, temos alguns componentes curriculares nesta área de conhecimento, confira quais são:

  • Língua Portuguesa;
  • Artes;
  • Educação Física;
  • Língua Inglesa – para os Anos Finais (6° ao 9° ano) do Ensino Fundamental.

A Área de Linguagens e suas Tecnologias

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio aplica-se a Área de Conhecimento de Linguagens. A diferença é que, no Ensino Médio, a área de conhecimento é chamada de Área de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio. 

Isso porque nesta etapa da Educação Básica, os estudantes estão diretamente envolvidos com o mundo tecnológico, muito mais do que no Ensino Fundamental. 

Por isso, a BNCC prevê que os estudantes aprofundem seus conhecimentos em relação ao pensamento computacional, ao mundo e à cultura digital.

Então, de acordo com a BNCC, nessa etapa da educação básica os estudantes devem ser estimulados a:

  • buscar dados e informações de forma crítica nas diferentes mídias, inclusive as sociais, analisando as vantagens do uso e da evolução da tecnologia na sociedade atual, como também seus riscos potenciais; 
  • apropriar-se das linguagens da cultura digital, dos novos letramentos e dos multiletramentos para explorar e produzir conteúdos em diversas mídias, ampliando as possibilidades de acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho;
  • usar diversas ferramentas de software e aplicativos para compreender e produzir conteúdos em diversas mídias, simular fenômenos e processos das diferentes áreas do conhecimento, e elaborar e explorar diversos registros de representação matemática; 
  • utilizar, propor e/ou implementar soluções (processos e produtos) envolvendo diferentes tecnologias, para identificar, analisar, modelar e solucionar problemas complexos em diversas áreas da vida cotidiana, explorando de forma efetiva o raciocínio lógico, o pensamento computacional, o espírito de investigação e a criatividade.

A seguir, listamos as competências específicas para cada etapa da Educação Básica, de acordo com a BNCC:

Competências Específicas de Linguagens para o Ensino Fundamental

1. Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. 

2. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. 

3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. 

4. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. 

5. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 

6. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

Competências Específicas de Linguagens e suas Tecnologias para o Ensino Médio

1. Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo. 

2. Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. 

3. Utilizar diferentes linguagens (artísticas, corporais e verbais) para exercer, com autonomia e colaboração, protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, de forma crítica, criativa, ética e solidária, defendendo pontos de vista que respeitem o outro e promovam os Direitos Humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, em âmbito local, regional e global. 

4. Compreender as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, cultural, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo suas variedades e vivenciando-as como formas de expressões identitárias, pessoais e coletivas, bem como agindo no enfrentamento de preconceitos de qualquer natureza. 

5. Compreender os processos de produção e negociação de sentidos nas práticas corporais, reconhecendo-as e vivenciando-as como formas de expressão de valores e identidades, em uma perspectiva democrática e de respeito à diversidade. 

6. Apreciar esteticamente as mais diversas produções artísticas e culturais, considerando suas características locais, regionais e globais, e mobilizar seus conhecimentos sobre as linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas. 

7. Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.

BNCC na prática: propostas de atividades com o uso das metodologias ativas de aprendizagem

Agora que você já conhece um pouco mais da área de linguagens, para colocar a BNCC em prática, vamos sugerir algumas propostas de atividades pedagógicas para você aplicar em sua escola, usando as metodologias ativas de aprendizagem.

Sala de aula invertida

Uma proposta interessante para trabalhar com a área de linguagens é usar a metodologia de sala de aula invertida.

Como o intuito deste artigo é mostrar possibilidades de atividades na prática, vamos usar como base a competência específica número 1 do Ensino Fundamental, que prevê que o estudante deve:

Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. 

Tendo essa competência em mente, o professor pode propor uma atividade sobre textos literários, a fim de reconhecer a expressão da língua por meio da literatura em diferentes épocas da história.

Assim, é possível propor a leitura conjunta de um livro dentro de um prazo determinado. Depois, ao retornar à sala de aula, os estudantes podem discutir sobre a obra, expressando reflexões e trocando ideias com os colegas.

É bem importante que, nesse momento, o professor atue como mediador da discussão, fazendo perguntas que estimulem os estudantes a refletir sobre a obra e seu contexto histórico-social.

E é claro que cabe ao docente avaliar se o tempo de aula permite trabalhar com um livro completo. Às vezes, é mais viável usar alguns capítulos ou até mesmo outro gênero literário, como um conto, por exemplo, que é muito menor, mas rende boas análises.

E como acompanhar os indicadores de leitura, ou seja, se os estudantes estão de fato seguindo a proposta? É possível fazer esse levantamento manual, perguntando a eles como está o progresso de leitura e até anotando o desempenho de cada um. 

Mas se a escola tiver uma biblioteca virtual que faça também a gestão das leituras, esse acompanhamento se torna muito mais fácil para o professor e, em um nível macro, também para o gestor escolar.

Dessa forma, é possível promover uma competição saudável, apresentando os indicadores de leitura para a turma e promovendo o engajamento nessa atividade em grupo.

Para exemplificar a segunda atividade proposta, vamos usar como base a competência específica número 6, também do Ensino Fundamental, que diz o seguinte:

Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos autorais e coletivos.

A partir da compreensão dessa competência, o professor pode propor, por exemplo, uma atividade pré-aula: a leitura de textos de diferentes mídias digitais, como um meme, um artigo de blog e um tweet. 

Como sugestão, o tema deste estudo pode ser sobre a importância da comunicação e da educomunicação. Durante a leitura, os estudantes devem anotar suas dúvidas e reflexões acerca do assunto.

Por fim, no retorno para a sala de aula, é possível fazer uma discussão com a turma, dialogando em conjunto e compartilhando diferentes pontos de vista e reflexões

Assim, os estudantes têm contato com diferentes textos presentes em diversas mídias digitais, os quais também mostram na atualidade as identidades culturais e sociais.

É interessante, inclusive, fazer um comparativo entre a primeira e a segunda atividade, mostrando as diferenças de uso da língua, em contextos e períodos distintos.

Educação Maker

Agora, pensando na etapa de Ensino Médio, para aplicar a BNCC na prática vamos usar como base a competência específica número 7 que procura:

Mobilizar práticas de linguagem no universo digital, considerando as dimensões técnicas, críticas, criativas, éticas e estéticas, para expandir as formas de produzir sentidos, de engajar-se em práticas autorais e coletivas, e de aprender a aprender nos campos da ciência, cultura, trabalho, informação e vida pessoal e coletiva.

Aqui, a ideia é integrar a sala de aula invertida com a educação maker. Então, para começar o professor pode sugerir o estudo de um conteúdo em formato de trilha de aprendizagem, que fomente o uso da linguagem no ambiente digital.

Se a escola tiver uma plataforma de gestão da aprendizagem, como um LMS (Learning Management System), por exemplo, a criação de trilhas de aprendizagem é muito mais simples. 

Ao mesmo tempo, o professor consegue identificar lacunas e fortalezas de conhecimento dos estudantes e da turma, podendo intervir pedagogicamente sempre que necessário.

Dando continuidade, no retorno à sala de aula, os estudantes dialogam, compartilhando reflexões e dúvidas, com a mediação do professor. 

Posteriormente, é possível usar a metodologia de educação maker para fazer os alunos colocarem a mão na massa. 

Uma sugestão é pedir, por exemplo, que eles produzam suas próprias mídias sobre o assunto, as quais podem ser bem diversificadas e alinhadas à vida real deles, como memes, tweets, vídeos, etc. 

Para trazer visibilidade a essas produções, que tal fazer uma exposição desses materiais na escola? É possível expor em um mural físico, divulgar nas redes sociais da instituição e assim por diante. A ideia é engajar os alunos na atividade e mostrar as produções pode ser uma boa maneira de fazer isso.

Agora é com você! Chegou o momento de colocar a BNCC em prática

Você, educador, conhece a importância das metodologias ativas de aprendizagem para um bom processo de ensino-aprendizagem e sabe o quanto elas são capazes de estimular o desenvolvimento das competências específicas da BNCC.

Para potencializar o processo de ensino aprendizagem de seus estudantes, a Plataforma A+ possui soluções de gestão da aprendizagem, como as que citamos antes. O Leia+, por exemplo, é uma biblioteca virtual com milhares de títulos de vários gêneros textuais à disposição dos estudantes de forma online e offline.

Além disso, o Leia+ gera dados e métricas para gestão da aprendizagem, fornecendo indicadores para os docentes compreenderem o comportamento e os interesses de leitura dos alunos.

Já o Estuda+ é a nossa plataforma LMS, que faz a gestão da aprendizagem. O Estuda+ contém várias trilhas de aprendizagem prontas e opções de personalização pelo professor. 

Trabalhando com o modelo de ensino adaptativo, o Estuda+ possui um diagnóstico do perfil de cada aluno e oferece exercícios de acordo com o desenvolvimento deles durante a trilha de aprendizagem, buscando a evolução do aprendizado.

Da mesma forma que o Leia+, o Estuda+ fornece dados e métricas para gestão da aprendizagem, que auxiliam na intervenção de práticas pedagógicas.

E para colocar a mão na massa, o A+ Maker oferece materiais didáticos pedagógicos para os alunos desenvolverem atividades maker tanto na sala de aula quanto em laboratórios maker, se a escola tiver esse recurso.

Você percebeu como é mais fácil pensar a BNCC na prática quando trazemos exemplos para ilustrar a teoria? Estas foram apenas algumas ideias de atividades, mas você pode criar muitas outras de acordo com o currículo escolar e o contexto da sua instituição.

Pensando em melhorar ainda mais a sua gestão escolar, elaboramos um ebook gratuito com os 5 principais erros de gestão escolar que podem afetar o desempenho da sua instituição. Que tal conhecê-los? Para baixar o ebook é simples, basta clicar na imagem abaixo e fazer o download. Aproveite!

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