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Educação financeira na BNCC: o que diz o documento?

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O Brasil está na 4ª pior posição na competência de educação financeira do PISA – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – segundo o último resultado divulgado em 2018. Outras pesquisas também mostram que o brasileiro precisa melhorar seus conhecimentos sobre finanças. Para isso, nada melhor do que começar na escola! Vamos entender como a educação financeira está presente na BNCC?

O que é educação financeira?

Segundo a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – o conceito de educação financeira é:

“[…] o processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo, desenvolvem as habilidades e a confiança para se tornarem mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras, a fazer escolhas informadas, a saber onde buscar ajuda, e a tomar outras medidas efetivas para melhorar seu bem-estar financeiro”

Podemos entender, portanto, que o estudo da educação financeira segue um fluxo, passando primeiramente pela consciência financeira, em seguida pelo desenvolvimento de habilidades e, por fim, pela tomada de decisão baseada em conhecimento teórico e prático.

Mas será que, de fato, adultos sabem o mínimo sobre finanças para tomar decisões cotidianas ou fazer escolhas sobre o que considerar num planejamento financeiro, por exemplo? 

Não é o que mostra uma pesquisa feita pela fintech de educação financeira Leve, em 2021. Segundo a empresa, metade dos brasileiros não sabe fazer um planejamento financeiro.

Assim, para tentar mudar esse cenário e ter adultos mais conscientes financeiramente, capazes de tomar decisões financeiras com base em dados, a educação financeira precisa ser amplamente promovida nas escolas. Confira o que a Base Nacional Comum Curricular diz sobre esse tema:

Educação financeira e BNCC: entendendo o que diz a base

A BNCC menciona a educação financeira em alguns trechos do documento. Um deles é citado logo nas primeiras páginas, local em que a educação financeira é abordada como um tema contemporâneo, entre tantos outros, que impactam as pessoas como um todo.

O documento orienta também o ensino de educação fiscal e para o consumo. Todos esses temas se complementam, certo? Nesse caso, a BNCC sugere que as escolas desenvolvam essas temáticas de maneira contextualizada.

Mais adiante, na Área de Conhecimento de Matemática para o Ensino Fundamental, o documento sugere o estudo de alguns assuntos como:

  • Taxas de juros;
  • Inflação; 
  • Aplicações financeiras (rentabilidade e liquidez de um investimento);
  • Impostos. 

Como a ideia é trazer esses conceitos de forma contextualizada, nada melhor do que trabalhá-los abrangendo exemplos do dia a dia ou com um estudo de caso

A BNCC recomenda ainda “um estudo interdisciplinar envolvendo as dimensões culturais, sociais, políticas e psicológicas, além da econômica, sobre as questões do consumo, trabalho e dinheiro. É possível, por exemplo, desenvolver um projeto com a História, visando ao estudo do dinheiro e sua função na sociedade, da relação entre dinheiro e tempo, dos impostos em sociedades diversas, do consumo em diferentes momentos históricos, incluindo estratégias atuais de marketing.”

Já na etapa do Ensino Médio, na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, a BNCC menciona a mudança da sociedade em relação ao empreendedorismo, ou seja, o evidente aumento desse tipo de negócio, desde microempreendedores até grandes empresários.

No Ensino Médio, os jovens estão a caminho da entrada no mercado de trabalho e, por isso, “cresce a importância da educação financeira e da compreensão do sistema monetário contemporâneo nacional e mundial, imprescindíveis para uma inserção crítica e consciente no mundo atual.”

Por último, a educação financeira na BNCC traz algumas habilidades a serem desenvolvidas em cada objeto de conhecimento, de acordo com as unidades temáticas.

Na área de Matemática, na etapa do Ensino Fundamental Anos Finais, por exemplo, existem habilidades previstas desde o sexto ao nono ano. Para ilustrar, seguem objetos do conhecimento e habilidades trabalhadas na unidade temática números, para o sexto ano:

  • Objeto de conhecimento: Cálculo de porcentagens por meio de estratégias diversas, sem fazer uso da “regra de três”.
  • Habilidades: (EF06MA13) Resolver e elaborar problemas que envolvam porcentagens, com base na ideia de proporcionalidade, sem fazer uso da “regra de três”, utilizando estratégias pessoais, cálculo mental e calculadora, em contextos de educação financeira, entre outros.

Viu só a importância deste assunto? Para mais detalhes, recomendamos consultar o documento completo, acessando-o aqui.

Durante este artigo, mencionamos a importância do planejamento financeiro para o enriquecimento do processo educacional contemporâneo. Vale destacar que esta temática também é fundamental para a escola e faz parte de uma etapa ainda maior: o planejamento estratégico escolar. Por falar nisso, aproveite e saiba quais os 5 itens que não podem faltar no planejamento escolar! Baixe agora o ebook gratuito:

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