Além de medalhas, as olimpíadas científicas trazem diversos benefícios para os estudantes. Entre eles, podemos destacar as oportunidades acadêmicas e profissionais, as chances de viver novas experiências e o ganho de repertório.
Já as soft skills, que são as competências socioemocionais, contribuem com a formação integral dos alunos, preparando-os para a vida adulta. E qual a relação entre as olimpíadas e as soft skills?
Isto é o que você entenderá a partir da leitura deste conteúdo. Mas antes disso, vamos compreender melhor a importância das soft skills?
Um estudo realizado pelo Instituto Ayrton Senna mostrou que, ao desenvolver as competências socioemocionais na escola, os estudantes têm 40% a mais de chance de concluir o Ensino Médio, diminuindo, assim, as taxas de evasão escolar.
Além disso, dados da mesma pesquisa mostram que as competências socioemocionais facilitam:
- O engajamento com o aprendizado;
- A melhora do desempenho escolar;
- A contribuição pessoal para um ambiente escolar saudável.
Outro estudo feito pelo CASEL – Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning – em 2011, com mais de 270 mil alunos, apontou que após a implementação do programa que trabalhava competências socioemocionais, houve um aumento de 11 pontos percentuais no resultado acadêmico dos estudantes.
O estudo foi, inclusive, precursor de toda a discussão envolvendo competências socioemocionais e serviu de base para a elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Esses são apenas alguns dados que mostram a importância das competências socioemocionais para crianças e jovens.
Continue lendo para entender melhor o que são as soft skills, qual a relação delas com as olimpíadas e como a escola pode aproximar e fortalecer esses temas.
Sugestão de leitura: Saiba quais são os benefícios das olimpíadas científicas
O que são as soft skills?
Diferentemente das hard skills, que são as competências técnicas, as soft skills, também chamadas de competências socioemocionais, são as habilidades comportamentais do ser humano.
Os termos hard e soft skills são bastante difundidos no ambiente profissional. Contudo, já vêm ganhando espaço em outras esferas, tal como a esfera educacional, devido a relevância deste tema para as diversas áreas da vida.
As hard skills são as habilidades cognitivas, que podem ser desenvolvidas por meio de cursos, treinamentos, participação em eventos profissionais, através de leituras técnicas e até mesmo pela própria experiência profissional em si. A formação escolar também é uma forma de desenvolver as hard skills.
Em relação às soft skills, elas também podem ser desenvolvidas. Afinal, mudar um comportamento é como criar um novo hábito: não é impossível, mas demanda tempo, dedicação e disciplina. Por isso, o processo é mais desafiador.
Em resumo, qualquer pessoa pode aprender uma habilidade técnica, desenvolvendo seu cognitivo. Da mesma forma, é possível que qualquer indivíduo desenvolva competências socioemocionais, ainda que de maneira mais desafiadora.
E por que é tão desafiador? Justamente por exigir mais dedicação, acompanhamento e entendimento de si mesmo.
Especialmente na vida adulta, isso se torna ainda mais difícil, pois um adulto já possui uma formação enquanto ser humano, bem como crenças, valores e atitudes estabelecidas.
E é exatamente aí que entra a escola: ela é o local ideal para começar a ter contato e desenvolver as soft skills.
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Qual a relação entre as olimpíadas científicas e as soft skills?
Nesse sentido, as olimpíadas científicas são aliadas das competências socioemocionais. Ao trabalhar as soft skills, os estudantes acabam conhecendo, aprendendo e tendo estratégias para manejar as emoções, as quais afetam diretamente na forma com lidam com os desafios.
Isso acontece, inclusive, dentro do processo de aprendizagem, que é a força motora das olimpíadas.
Com isso, acabam desenvolvendo diversos comportamentos saudáveis e necessários para o relacionamento interpessoal. Resiliência, cooperação, trabalho em equipe e empatia são alguns exemplos.
Além disso, vale destacar o autoconhecimento que, consequentemente, ajuda o estudante a compreender suas preferências pessoais e profissionais desde cedo.
Portanto, as olimpíadas são facilitadoras do desenvolvimento das soft skills. E esta é a relação entre elas.
Toda aprendizagem tem uma base emocional.
Platão
Entenda: como as olimpíadas científicas podem apoiar o projeto pedagógico
Como a escola pode facilitar essa relação?
Existem algumas alternativas para isso, mas aqui vamos nos ater a duas delas:
- Programa de educação socioemocional: essa é uma excelente opção para desenvolver as soft skills nos estudantes. Um programa estruturado, com conteúdos alinhados às competências gerais da BNCC, serve de guia para os estudantes e até mesmo para as famílias. Tendo mais contato com esse tema, as famílias se aproximam da escola para, juntas, apoiarem os estudantes.
- Projeto de olimpíada científica: um projeto como este engaja toda a comunidade escolar. Além disso, apoia o planejamento pedagógico da escola. Os estudantes são inspirados com cada colega que passa para uma nova fase em uma competição olímpica ou ganha uma medalha. Ao desenvolver diversas habilidades, os estudantes melhoram o rendimento escolar. O projeto também incentiva o protagonismo e a autonomia do estudante. Tudo isso gera mais aprendizado para eles e mais reconhecimento para a escola.
Se ambas as práticas caminham juntas, a escola e os estudantes têm muito a ganhar! Gostou do conteúdo? Aproveite e conheça 4 passos para incentivar a participação dos estudantes nas olimpíadas científicas.
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