Você sabe por que o bilinguismo e o desenvolvimento socioemocional andam de mãos dadas na construção da formação integral dos estudantes?
Para trazer mais clareza a esta questão, primeiro é relevante entender o que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe como educação integral:
“No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais, aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e as diversidades.”
(Fonte: BNCC)
Neste trecho é possível identificar diversas competências socioemocionais que são essenciais desde a infância até a vida adulta. Tais competências ajudam os estudantes em múltiplos aspectos da convivência consigo mesmos e com os outros.
Além disso, auxiliam os alunos a lidar com as situações cotidianas com mais inteligência emocional. Nesse sentido, entre os benefícios de aprender inglês, podemos destacar o apoio no desenvolvimento dessas competências. Mas de que forma isso acontece?
Para responder a esta pergunta, neste conteúdo vamos nos pautar nas competências socioemocionais definidas pelo CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning) e nos pilares da proposta de educação para o século XXI determinados pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Continue lendo para saber mais!
Qual a relação entre bilinguismo e desenvolvimento socioemocional?
O bilinguismo significa a fluência linguística em mais de um idioma, qualquer que seja ele: alemão, espanhol, francês e até mesmo Libras. Neste artigo daremos foco à língua inglesa como segunda língua, já que esta representa um idioma universal, ok?
Para entender o quão estreita é a relação entre bilinguismo e desenvolvimento socioemocional, vamos relembrar o que diz a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) sobre o ensino da língua inglesa?
“[…] o tratamento dado ao componente na BNCC prioriza o foco da função social e política do inglês e, nesse sentido, passa a tratá-la em seu status de língua franca. […] Esse entendimento favorece uma educação linguística voltada para a interculturalidade, isto é, para o reconhecimento das (e o respeito às) diferenças, e para a compreensão de como elas são produzidas nas diversas práticas sociais de linguagem, o que favorece a reflexão crítica sobre diferentes modos de ver e de analisar o mundo, o(s) outro(s) e a si mesmo.”
(Fonte: BNCC)
Ao propor uma educação linguística voltada para a interculturalidade, possibilita-se uma visão de mundo mais plural e inclusiva. Na prática, diversas competências socioemocionais precisam ser desenvolvidas para que isso aconteça. Por isso, a educação bilíngue e socioemocional se complementam.
Como as competências socioemocionais são desenvolvidas com uma educação bilíngue?
Como citamos no começo deste artigo, para nos aprofundarmos em como as competências socioemocionais podem ser desenvolvidas com uma educação bilíngue, vamos nos ater às competências definidas pelo CASEL e aos pilares da proposta de educação para o século XXI da UNESCO.
Confira abaixo o que propõe cada instituição. E para saber mais detalhes sobre cada competência e pilar, sugerimos a leitura deste conteúdo sobre o que é educação socioemocional e qual sua importância.
Vamos entender melhor como cada competência e pilar se manifestam no desenvolvimento das competências socioemocionais através do bilinguismo?
Habilidades de relacionamento intrapessoal, interpessoal e de comunicação
Ao aprender uma segunda língua, naturalmente o estudante aprende aspectos de outra cultura. E o inglês como língua franca contempla não só uma cultura – americana ou britânica, por exemplo – mas uma multiculturalidade.
Dessa forma, ao aprender a conhecer, deparando-se com aspectos culturais diferentes, o aluno desenvolve a habilidade de autoconsciência, identificando as próprias fortalezas e pontos a melhorar. Como consequência, torna-se mais autoconfiante, já que o autoconhecimento é a chave para lidar melhor com desafios.
Da mesma maneira, o estudante amplia sua visão de mundo, além de entender melhor como se posicionar, com comunicação crítica, num mundo global e plural, exercendo assim a habilidade de cidadania. Você consegue notar aqui os pilares de aprender a ser e de aprender a conviver?
Além disso, desenvolve consciência social e habilidades de relacionamento a partir do convívio, cooperação e diálogo com o outro, tendo que gerenciar conflitos, exercer a empatia e construir relações saudáveis, diversas e inclusivas.
Esse comportamento mais altruísta foi comprovado através de um estudo feito pela Universidade de Chicago, onde pesquisadores investigaram o impacto do bilinguismo nas habilidades interpessoais de crianças.
O estudo foi realizado com crianças bilíngues e não bilíngues da seguinte maneira: foram colocadas duas bananas na frente de um adulto e de um bebê (com idade entre 14 e 16 meses). O adulto só conseguia ver uma banana, enquanto o bebê conseguia ver as duas.
Quando o adulto pedia pela banana, o bebê bilíngue apontava para a fruta que o adulto estava vendo, ao invés da outra que ele próprio enxergava. Um estudo semelhante, realizado com crianças de 4 a 6 anos, teve resultados similares.
Assim, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as crianças bilíngues se adaptaram ao contexto e à perspectiva às quais estavam expostas naquele momento, como acontece no contato com uma segunda língua e sua respectiva cultura. Muito interessante, não é mesmo?
Habilidades de resolução de problemas
Na relação entre bilinguismo e desenvolvimento socioemocional também é possível observar o pilar de aprender a fazer, através do estímulo ao desenvolvimento ou aprimoramento das habilidades para resolução de problemas.
Isso porque um cérebro bilíngue faz mais conexões mentais, já que é exposto a dois idiomas e precisa se comunicar em ambos. Dessa forma, o cérebro de um estudante bilíngue tem mais flexibilidade cognitiva, tendo mais facilidade para desenvolver competências como:
- Autogestão;
- Autonomia;
- Protagonismo;
- Criatividade;
- Concentração;
- Tomada de decisões;
- Resiliência.
Viu só como o bilinguismo e o desenvolvimento socioemocional estão diretamente relacionados?
Para facilitar a compreensão, neste artigo destacamos as competências do CASEL e os pilares da UNESCO de maneira isolada.
Contudo, é claro que todas essas habilidades não atuam individualmente. Na verdade, elas se conectam e levam à inteligência emocional, fundamental para lidar com os desafios da vida pessoal, profissional e familiar.
Programa bilíngue: aliado no desenvolvimento socioemocional
Quando falamos em ensino bilíngue, há diversas maneiras de conduzir o processo de ensino-aprendizagem de uma segunda língua.
Uma delas é a implementação de um programa bilíngue. Por meio de uma carga horária complementar em língua adicional, no caso o inglês, os estudantes têm mais contato com o idioma.
O aplus, programa bilíngue da amais educação, foi construído a partir da BNCC e conta com conteúdos exclusivos da BBC Learning e BBC Bitesize, entregando aos estudantes e famílias uma experiência de aprendizagem muito mais significativa.
Dispondo de material didático impresso integrado a uma plataforma digital, o aplus amplia as possibilidades de contato com a língua inglesa por meio de materiais multimidiáticos, estimulando também o letramento digital.
Sem falar que o programa bilíngue da amais educação faz uso da abordagem CLIL (Content and Language Integrated Learning) e da metodologia PBL (Project-Based Learning), proporcionando aos estudantes uma verdadeira imersão na língua inglesa.
Pensado para estudantes do 1° ao 9° ano do Ensino Fundamental, o aplus conta com um trabalho socioemocional a partir das lições propostas nos materiais didáticos.
Além disso, na coleção com foco nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o aplus traz personagens exclusivos para acompanhar os estudantes na jornada de aprendizagem. Com um enfoque diverso e inclusivo, cada personagem representa uma competência socioemocional, tendo como referência a proposta do CASEL.
O aplus já atende mais de 14 mil estudantes! Que tal conhecer melhor o nosso programa bilíngue? Fale com um de nossos consultores.
